Importância da atividade física
A atividade física é uma forma eficaz de manter o indivíduo física e mentalmente apto, de combater o excesso de peso e de prevenir patologias. A prática desportiva e a atividade física estão relacionadas com fatores como a exclusão social e a inclusão. A atividade física é um dos mais importantes fatores de saúde na sociedade moderna (Comissão Europeia, 2013).
Atualmente o desporto constitui uma peça fundamental em qualquer abordagem pública. Os benefícios da atividade física e do exercício físico ao longo da vida estão comprovados, contribuindo diretamente para o aumento da qualidade de vida dos idosos. A saúde, desenvolvimento mental e os processos cognitivos estão diretamente relacionados com o exercício. Na União Europeia, a atividade física está diretamente relacionada com a esperança média de vida.
Algumas perturbações são causadas pela falta de atividade física entre as quais a mortalidade prematura, peso excessivo, obesidade, cancro da mama e do colón, diabetes e problemas cardíacos. Os idosos devem praticar atividade física de forma a diminuírem o risco de doenças e conseguirem inclusão social através da participação em grupos que se destinam ao desporto (Comissão Europeia, 2013).
De acordo com alguns estudos é de elevada importância a atividade física com idosos. O estilo de vida praticado pelos idosos durante a idade adulta e juventude condiciona as condições de saúde quando se envelhece. A atividade física nos idosos é importante para lhes possibilitar uma vida independente. O facto de um idoso ter uma atividade física continuada é benéfico a nível psicológico, físico, fisiológico e de bem-estar. A prática de desporto pode ajudar a manter as funções cognitivas, possuindo um efeito preventivo sobre a depressão e a demência, doenças comuns nos idosos (União Europeia, 2009).
A atividade física nos idosos não prolonga a esperança de vida, mas melhora a qualidade de vida, o que pode significar benefícios económicos, uma vez que as poupanças daí resultantes irão compensar os custos de programas de exercício bem concebidos (União Europeia, 2009).
Alguns fatores inibem os idosos de praticarem atividade física e o exercício, tais como fatores culturais, psicológicos e de saúde. Os profissionais que trabalham com idosos, entre os quais, os gerontólogos devem ter um cuidado e uma atenção especiais na criação e no apoio à motivação.
Para provocar a mudança, é necessário mudar as atitudes perante a atividade física na presente geração à beira da terceira idade. As instituições que recebem idosos deverão ter em conta a atividade física, em especial no que toca à capacidade de caminhar e participar em atividades especificas na comunidade. Os serviços de saúde, as autarquias locais e as organizações devem promover iniciativas que permitam ultrapassar as limitações a nível económico e as inibições culturais e psicológicas (União Europeia, 2009).
De forma a conseguir ultrapassar as dificuldades referidas anteriormente, os Estados-Membros da União Europeia devem mobilizar mais recursos à investigação dedicada ao estudo da associação entre a atividade física e a saúde psicológica e fisiológica. As autoridades públicas devem disponibilizar instalações que tornem a atividade física mais acessível e atraente à pessoa idosa. Os técnicos devem dar especial atenção as condições de saúde dos idosos quando eles integram uma resposta social, de forma a garantir uma atividade física adequada (União Europeia, 2009).
Ao refletirmos sobre o tema, acreditamos que o fator principal a ser trabalhado é a motivação dos idosos. Muitos idosos não praticam atividade física por falta de motivação e por não entenderem os benefícios da sua prática. A geração que atualmente é idosa necessita de entender os benefícios para depois praticarem uma determinada atividade. Caso a atividade física não seja feita com motivação, os feitos poderão ser os contrários aos pretendidos. As próximas gerações já virão mais informadas sobre a importância da atividade física e da aptidão física (capacidade de realizara atividades quotidianas com tranquilidade e sem esforços acrescidos) e da sua contribuição para a saúde, sendo mais fácil incluir no se quotidiano esse tipo de práticas. Acreditamos que as questões culturais são o fator mais difícil de “combater”, existindo ainda muitos preconceitos e estereótipos relacionados com a exposição corporal e com determinados movimentos (ex.: prática de hidroginástica, leva à exposição corporal, levando a conflitos internos, de vivência do corpo e/ou como o marido).
Bibliografia
Comissão Europeia [CE] 2013. Proposta de recomendação do conselho relativa à promoção transetorial através da atividade física. Bruxelas: Comissão Europeia
União Europeia [EU] 2009. Orientação da União Europeia para a atividade física: políticas recomendadas para a promoção da saúde e do bem-estar. Porto: Instituto do Desporto de Portugal.